A vida humana é algo definitivamente fascinante. As pessoas nada mais são que personagens num grande enredo de comédia, drama, terror, tragédia, suspense e romance. Contamos nossas próprias histórias enquanto ajudamos outros a contarem as suas, mas somos tão preocupados com nossos mínimos mundinhos – tão imensos para nós – que nunca conseguimos enxergar além.
Vamos fazer um breve exercício: pense em várias situações cotidianas possíveis, as mais diversas que conseguir. Por mais louco que pareça, é bem provável que todas tenham acontecido, em algum lugar, exatamente no momento em que você leu esta frase. Mais louco ainda é que muitas outras situações sequer imaginadas também ocorreram e nós nunca saberemos.
Somos os personagens principais e coadjuvantes, somos o cenário, a plateia, o diretor e a própria história. Somos tudo ao mesmo tempo e, ainda assim, simplesmente não existimos para a grande maioria. Tudo e nada em um só.
Nos consideramos únicos e adoramos repetir que "não existe ninguém igual a outro". Mas se pararmos para pensar, essa inabalável instituição do "eu" nada mais é do que um punhado das características já existentes em outras pessoas mescladas de uma maneira caótica, como num grande quebra-cabeças disforme, reunidas num recipiente que muda a cada segundo, eternamente buscando "o formato perfeito" – se é que ele existe.
Como é dito no filme O Homem Bicentenário: "O que torna alguém único são suas imperfeições". Para ser perfeito, é preciso ter falhas. Para ser tudo, é preciso ser nada.
Made of Steel
Como é dito no filme O Homem Bicentenário: "O que torna alguém único são suas imperfeições". Para ser perfeito, é preciso ter falhas. Para ser tudo, é preciso ser nada.
Made of Steel