Todo segundo estamos fazendo escolhas. Nossa vida é uma enorme sucessão de opções e alternativas, apresentadas das mais diversas maneiras, nos mais variados prismas. Nós, influenciados por sentimentos ou informações que não possuíamos antes, podemos tomar decisões completamente opostas numa diferença de um piscar de olhos. Cada decisão tomada cria uma infinidade de universos paralelos onde teríamos seguido outro caminho, gerando um efeito espiral tamanho que o simples imaginar já é confuso e complexo demais!
Diante de tantas variáveis e incertezas, como podemos querer ter a pretensão de fazer sempre a escolha certa? Como podemos prepotentemente nos considerar capazes de ponderar todas as possibilidades e simplesmente dizer "é essa"?
A triste realidade é que não existe "opção correta". Sempre haverá algo que torna todas as alternativas minimamente positivas ou vantajosas e, em contra partida, também outro algo que se mostra ruim em cada uma delas. O segredo está num exercício diário de reflexão, onde todos os "prós" e "contras" são pesados, cada qual com sua relevância naquele momento (e, se possível, no futuro), para que, matematicamente, sejamos capazes de fazer "a melhor escolha".
Entretanto, por mais racional que a pessoa seja, ela ainda é movida por seus sentimentos em certo grau. Então encontramos um novo dilema: como mensurar um sentimento? Uma coisa tão inconstante, tão sensível, teria um cálculo tão preciso quanto alguém que tenta contar os grãos de areia durante uma tempestade no meio do deserto!
Justamente por essa fragilidade, algumas vezes nos são apresentadas escolhas que consideramos "difíceis". Essas, norteadas por um altíssimo grau de incerteza, são aquelas das quais temos menor domínio sobre as variáveis envolvidas. Na maioria dos casos, para tornar tudo ainda mais complicado, não temos a opção de testar as possibilidades e ter tempo de analisar qual delas trouxe o melhor resultado. Pior ainda, muitas vezes as alternativas são autoexcludentes... E então? O que fazer?
Acredito que devemos aceitar nossa imperfeição e insignificância diante de tal cenário, buscando simplesmente fazer o melhor possível para "acertar". Além disso, constatado nosso erro, ter a humildade de admitir e tentar contornar a situação, novamente, da melhor maneira possível, nesse ciclo infinito de possibilidades.
Você pode concordar comigo ou não. A escolha é sua!
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