Há cerca de 2 anos e meio criei um personagem que era conhecido como Dragão da Fúria. Um guerreiro que fazia parte do braço militar duma sociedade secreta que estava presente em todo o mundo. Esse grupo de soldados era chamado de Os Mil Dragões e cada membro deveria ter seu nome iniciado com "Dragão".
Quando questionado o motivo de ter escolhido o nome Dragão da Fúria, a resposta era muito mais profunda do que a maioria imaginava: a fúria é um sentimento muito poderoso que pode mudar inclusive o rumo de toda a humanidade se for usada da maneira correta. Controlá-la é uma tarefa árdua, mas fazendo isso podemos tê-la como impulsionadora de grandes feitos. Da mesma forma, negligenciar nossa fúria, reprimindo-a completamente, nos é tão destrutivo quanto libertá-la totalmente. Sendo assim, por causa dessa dualidade perigosa e seu poder inerente, dominar nossa fúria interior torna-se um objetivo de vida que necessita de vigilância constante.
Outro ponto importante nessa história está na referência ao mítico Dragão. Muitas lendas falam de criaturas como essas e sua existência está no nosso subconsciente desde os tempos mais remotos. Até hoje, inúmeros significados elevados são atribuídos a eles. Particularmente tenho uma ligação forte com dragões, sendo inclusive meu signo no horóscopo chinês, e carrego comigo todos os dias um amuleto dado de presente por um amigo que disse que eu tinha o espírito de um dragão.
Outra menção que adoro sobre dragões aprendi durante minhas aulas de Kung Fu, onde repetíamos As Sete Virtudes do Guerreiros Pacífico (fé, força de vontade, disciplina, humildade, honra, paciência e sabedoria), sempre encerrando com uma das frases que mais marcaram minha vida: "Praticando as Virtudes despertamos o Dragão interior".
Egocentrismos à parte, o nome Dragão da Fúria tem até hoje um enorme significado e importância pra mim. Tanto que busco seguir essa filosofia mista que surge da união de "dragão" com "domínio da fúria".
Porém, agora, percebo que estava cometendo o erro de suprimir totalmente minha fúria, colocando-me na defensiva, tentando não ferir as pessoas. Enquanto isso, alguns insistiram em me atacar e agredir, como se quisessem aproveitar que o Dragão que vive dentro de mim estava preso por grilhões resistentes.
Portanto fica aqui o recado: o último grilhão foi rompido. O Dragão da Fúria está de volta!
Made of Steel