Existe uma canção dum famoso musical (RENT) que faz a pergunta: Como você mede um ano?
Na letra, podem ser "daylights, sunsets, midnights, cups of coffee, inches, miles, laughter, strife" e, por fim, propõe que seja medido em AMOR.
Como todos fazem nessa época, fiquei tentando lembrar o que vivi em 2016 e fazer um "balanço" do ano. Minha conclusão? Eu meço meu ano em SENSAÇÕES.
Os toques dos abraços que recebi, os sabores dos beijos, as palpitações dos momentos de ansiedade, as angústias dos momentos tristes, os cheiros dos perfumes que senti, as contorções nos rompantes de raiva, os relaxamentos naquelas horas sublimes, as faltas de ar nos instantes que antecederam coisas importantes, as irritações dos problemas cotidianos, o calor do sol na minha pele, as lágrimas que escorreram pelo meu rosto, o suor que percorreu meu corpo, os movimentos dos meus lábios em cada sorriso...
Baseado nisso posso dizer, sem qualquer dúvida, que 2016 foi um dos anos mais longos da minha vida!
Tão surpreendente que, mesmo nos seus dias finais, este ano conseguiu se estender ainda mais. Como se quisesse ser infinito.
A grande lição que tiro deste ano é que a vida é frágil e, talvez, não exista um "propósito maior". Talvez sejamos mesmo todos como hamsters brincando numa rodinha, sem sair do lugar ainda que não paremos de correr. Mas nem por isso a vida deixa de ser mais bela e intensa. Essa "corrida sem chegada" pode (e deve!) ser recheada de prazeres, de todos os tipos!
Afinal, se essa corrida não tem fim, ela é infinita. E o que é o infinito senão algo que não tem limites? :)
Obrigado a todos que fizeram parte do meu 2016, e de todos os anos anteriores também!
Que o próximo ano seja mais doce, mais intenso e ainda mais difícil de ser medido.
Que cada dia, cada instante, seja infinito!!
Made of Steel