sexta-feira, 20 de maio de 2011

LAÇOS MAIS FORTES QUE O SANGUE

A sociedade humana é dotada de vários tipos de relacionamentos. A maioria é meramente formal, outros são afetivos, alguns íntimos e existem até relações unilaterais. Cada um deles tem suas próprias características e geralmente são excludentes entre si.

Porém, dentre todos, um dos mais conhecidos e equivocadamente avaliado é o "laço de sangue". As pessoas pensam que o simples fato de ter componentes genéticos iguais aos de outro já faz com que esses dois indivíduos tenham uma ligação obrigatória. Mas o que não percebem é que o motivo real por trás desse elo é a convivência.

Irmãos não são "irmãos" por causa da genética, mas sim porque desde sempre convivem no mesmo lar, são obrigados a conhecer um ao outro nas mais variadas situações e vivenciam inúmeras experiências conjuntamente. A união e afeição resultantes disso são consequências totalmente previsíveis dentro de qualquer relacionamento semelhante mantido de maneira saudável.

Da mesma forma, um filho que nunca conheceu sua mãe biológica não terá por ela qualquer proximidade maior do que a de um desconhecido. O diferencial desse caso é que sentimentos como curiosidade, culpa ou sensação de abandono influenciarão diretamente o comportamento dos envolvidos, tornando-se uma distorção na base da relação.

Mas nessa história toda existe um ponto polêmico: existe amizade inocente entre homem e mulher? Sim, existe, se um dos dois não for atraente para o outro. Claro que existem outros tipos de obstáculos sociais que impedem que a amizade torne-se algo mais íntimo, mas é muito difícil imaginar essa relação mulher-homem sem que nenhum "e se..." fique pendente no ar.

Alguns desses obstáculos sociais são namoros, casamentos, relações profissionais (quando não se pode ter encontros com colegas de trabalho, por exemplo), familiares ou culturais. E o mais complicado nessas horas é saber ponderar a importância de cada um desses fatores. Muitas pessoas erram nessa avaliação, causando resultados, no mínimo, desastrosos.

Faz parte da nossa natureza a busca pelo outro e a esperança de ser retribuído. O triste está em perceber o quanto complicamos e regramos tudo, mas ainda há salvação. Basta pararmos de ficar repetindo incansavelmente "e se..." e partir para atitudes mais concretas.

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